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Celebramos o Dia da Mulher: Uma Conversa com Carla Cunha, a visão que guia a Confeção Têxtil da Espaço Libris.
No epicentro da Espaço Libris, onde a arte da decoração se entrelaça com a magia dos têxteis, destacamos uma figura que personifica a essência e dedicação da empresa. Carla Cunha, diretora da Confeção Têxtil, não é apenas a colaboradora mais antiga, mas também um dos pilares da Espaço Libris, confecionando produtos com paixão e uma visão única.
À medida que celebramos o Dia Internacional da Mulher, mergulhamos na jornada de Carla na empresa, desde os seus primeiros anos, até aos dias de hoje.
Como foi o teu início na Espaço Libris?
Em 2008, quando me juntei à Espaço Libris, éramos uma pequena equipa a dar os primeiros passos no mercado de decoração. Naquela época, eu era a única responsável pela Confeção Têxtil.
Era um desafio empolgante, mas exigente, pois, com o passar do tempo, ficámos com duas lojas a gerir e, por vezes, exportávamos para outros países.
Mas com gosto e esforço tudo se faz.
Uma vez que estiveste algum tempo sozinha na Confeção Têxtil, consideras esse o maior desafio ultrapassado? Ou existem outros desafios maiores?
Esse foi, sem dúvida, um dos maiores desafios que enfrentei, mas acho que mesmo assim, alguns projetos hoteleiros ultrapassaram a escala.
Somos muito perfecionistas, gostamos de confecionar, mas confecionar bem. Alguns dos hotéis que realizámos, em termos de produtos têxteis, eram muitos complicados.
Três janelas, em que cada janela levava três tipos diferentes de cortinados e, muitas vezes, cada janela tinha medidas diferentes.
Como os nossos cortinados não têm medidas standard, são personalizados a cada cliente, também apanhámos janelas com mais de 7 metros de altura (tendo em conta que o normal é entre 2,5m e 2,75m) e tecidos bastante pesados, o que se tornava muito desafiador.
Como é que a Espaço Libris te apoiou no teu percurso profissional?
Investir em ferramentas de produção e nos colaboradores sempre foi uma prioridade para a Espaço Libris.
A aquisição de, por exemplo, máquinas de costura novas facilitou muito o meu dia a dia. Também o aumento e desenvolvimento da equipa permitiu-nos alcançar melhores resultados.
O que é que gostas mais de confecionar?
Quartos de bebés ou de criança porque são sempre únicos, nunca são iguais.
Cada família tem o seu gosto pessoal e trazem ideias sempre diferentes.
Porque é que a Espaço Libris se destaca neste setor têxtil?
Acho que é um bocadinho pelo que já referi, pormenorização, personalização e muita qualidade nos materiais.
Os clientes chegam à loja com ideias em mente, por mais “malucas” e únicas que sejam, e nós concretizamo-las.
É sempre empolgante, já fiz trabalhos desde tendas para quartos de criança, almofadas em forma de animais, até aplicação de penas em cortinados.
Nunca recusamos um bom desafio.
Como te sentes em saber que milhares de pessoas têm produtos têxteis feitos por ti?
É um orgulho trabalhar para pessoas que ficam satisfeitas, voltam e recomendam. Queremos sempre tornar as casas mais alegres, sofisticadas e, claro, personalizadas.
Agora uma questão mais relativa a este dia. Como te sentes, enquanto mulher, a trabalhar na Espaço Libris?
Sinto-me ouvida.
É uma equipa diversificada que promove a igualdade.
Somos bem acolhidas, como uma família! Isso acontece, em grande parte, devido aos eventos de inclusão que temos ao longo do ano, desde jantares, a aventuras ao ar livre.
Que conselhos darias a outras mulheres que pretendem seguir esta carreira?
É preciso valorizar esta habilidade, pois ela é essencial para a decoração de um espaço.
A geração mais nova não está a apostar tanto nesta profissão, o que é uma pena.
Sinto que isso não acontece porque não sabem o quão bonito e pouco monótono é este trabalho.
Temos sempre coisas novas a fazer e nunca sabemos o que esperar!
Para terminar, que mensagem queres deixar no Dia da Mulher?
Continuem a lutar pelo que querem e pelo que gostam e nunca desistam.
Já trabalho aqui há mais de 15 anos e quem trabalha por gosto, não cansa.